As negociações sobre o ensino religioso nas escolas públicas ainda não estão de acordo com as propostas da igreja, mas estão “cada vez mais próximas” – garante o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã.
Os resultados das negociações com o Governo na área do ensino religioso nas escolas públicas não estão completamente de acordo com as propostas apresentadas pela Igreja Católica, mas há avanços que devem ser considerados.
É o balanço feito pelo Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã, ao diálogo em curso com o Governo sobre algumas matérias fundamentais neste sector.
“Este ano escolar que passou foi positivo porque o diálogo entre as duas partes foi retomado”, afirma. “Há avanços”, reconhece o Bispo. “Há acordo nalgumas matérias”.
“São pormenores que têm influência na orientação e na leitura que se faz, por exemplo, dos horários dos professores pela inspecção”, esclarece.
“Neste início do ano, há notícia de algumas irregularidades quanto aos horários dos professores e aos contratos destes professores que não são do quadro. Depois também há uma certa concepção redutora da laicidade do Estado, que tende a ver a religião como algo da esfera privada, retirando-a do espaço público. Parece-me que é uma visão imperfeita da laicidade. Se, por um lado, é uma abertura e uma isenção, por outro tem de ser um encontro na diversidade e uma defesa do pluralismo” afirma D. Tomaz da Silva Nunes.
Redaccção/RR