Terça-feira 14 de Janeiro de 2025
Breves

COVID 19 UM DESAFIO PARA VICENTINAS E VICENTINOS

Conselho Central do Algarve

Haja Esperança

Saúdo-vos a todos os vicentinos e vicentinas de Portugal e além-fronteiras.

Porque o faço?

Ao longo deste tempo de confinamento, a Sociedade S. Vicente de Paulo nas suas conferências têm tido um papel fundamental no encontrar soluções/ajudar para todos aqueles dos nossos irmãos que porventura foram apanhados nesta rede, porque na verdade é uma rede, de muita fragilidade e desânimos.

O Conselho Central do Algarve, as suas conferências têm este misto de situações, matar a fome e ouvir, mesmo não sendo presencial, as carências a todos os níveis. Creiam que não são histórias, mas realidades que se nos apresentam, com dores e sem horizontes, aqui está o trabalho de cada um quando se disponibiliza a ouvir e colmatar.

Quero a agradecer a Deus e todos que nestes tempos difíceis foram/são capazes de pôr em prática o mandamento do amor – A CARIDADE – no seu verdadeiro sentido da palavra.

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Conselho Central de Aveiro

Missão Vicentina em Tempo de COVID

Em virtude da situação de pandemia provocada pelo COVID-19, de um momento para o outro, vimos constrangida a nossa ação vicentina.

Após o impacto inicial em março de 2020 e colocado o cenário de uma crise de saúde pública, estávamos perante o quadro de uma grave crise social, sendo notória que a suspensão das atividades de apoio às famílias em situação de necessidade, asseguradas pelas Conferências, não poderia ser suspensa. Era crucial que fosse repensada, redefinida e reforçada, priorizando em todo o processo o cuidado para com a vida das pessoas, vicentinos e famílias apoiadas.

O Conselho Central de Aveiro manteve as reuniões de mesa mensais em formato on-line, acompanhando deste modo a atividade das Conferências. Estas reuniões mensais ajudaram a refletir num conjunto de respostas extraordinárias para tempos extraordinários, definindo estratégias e repensando modelos de ação. 

Deste modo, no sentido de orientar a atividade dos vicentinos para as boas práticas no que diz respeito à diminuição do risco de transmissão do COVID-19, o Conselho Central de Aveiro elaborou um documento com algumas medidas a ser implementadas por cada Conferência assente em dois eixos:

  • Atividade interna para otimizar a utilização das instalações, planear a execução das atividades de forma a evitar cruzamentos de várias pessoas e salvaguardar as de maior risco do contacto presencial (solicitando o apoio a outras respostas da paróquia);

  • Atividade externa aconselhando o contacto telefónico com a família antes da deslocação (no sentido de verificar a inexistência de sintomas) bem como a transmissão de indicações práticas para a entrega do apoio. As medidas inseridas neste eixo visavam o cumprimento das normas de segurança através da disponibilização de equipamentos de proteção individual às equipas das visitas e a manutenção de um registo – devidamente autorizado – dos vicentinos/famílias apoiadas e dos contactos efetuados para efeitos de eventual vigilância epidemiológica.

Como respostas práticas, definimos os critérios de acesso a um fundo de apoio especial às Conferências e o apoio à aquisição do cabaz de Natal às Conferências mais recentes ou às que ficaram sem donativos devido à dinâmica de financiamento na comunidade.

Salvo algumas exceções, devido à idade avançada dos elementos das Conferências e às respostas sociais alternativas existentes nas comunidades, os vicentinos da Diocese mantiveram-se no terreno. No geral conseguimos dar resposta às solicitações que foram chegando (e que continuam a chegar), tentando menorizar os efeitos sociais e económicos da pandemia (que atinge de forma imediata os agregados familiares mais vulneráveis).

Acompanhamos com alegria as estratégias encontradas pelas Conferências da Diocese. Desde privilegiarem os contactos por telefone e pelas redes sociais com as famílias à preparação de cabazes alimentares, roupas e outros bens na retaguarda, enviando para o terreno familiares mais novos ou grupos de jovens que se disponibilizaram para ajudar. De referir ainda que o movimento escutista, através dos caminheiros, esteve e está no apoio direto às Conferências em algumas comunidades, através da recolha de donativos e entrega de cabazes.

Tempos de crise são também momentos oportunos de renovação, propícios à abertura a novos membros e membros mais jovens para as Conferências. O dinamismo criado por algumas Conferências deu frutos e assistimos à entrada de novos elementos e uma maior solidariedade entre movimentos nas paróquias.

O exemplo da vida de S. Vicente de Paulo e Frederico Ozanam tem sido o motor de toque para a nossa missão. Colocamo-nos várias vezes a questão sobre que fariam se vivessem nos dias de hoje…e na verdade ambos passaram por tempos bem difíceis, de aflição profunda provocada pela pobreza e doença. Foi essa mesma realidade que despertou neles o fogo da caridade e que lhes suscitou a urgência da ação porque “O amor é inventivo até ao infinito”. É este o lema que abraçamos, é este o nosso desafio, ser inventivos na ação. Resistimos à tentação de cruzar os braços sob o risco de deixar morrer a comunhão que nos motiva, de quebrar os laços que nos unem e que nos alimentam na caridade fraterna ao serviço dos irmãos. A missão continua.

Assim Deus nos ajude!

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Conselho Central de Beja

As Conferências Vicentinas e o Covid – 19

Vivemos, desde março de 2020, momentos difíceis, de desorientação, medo e ansiedade, mas sempre marcados pela presença do nosso Deus.

O Covid-19 instalou-se nas nossas vidas e modificou os nossos comportamentos.

É urgente aceitar e aprender a conviver com esta nova realidade.

É urgente exterminar esta pandemia que percorre o mundo, ceifando vidas, provocando o caos nos hospitais e ainda o cansaço e a exaustão dos profissionais de saúde e dos seus colaboradores.

Neste contexto, gratos aos referidos profissionais de saúde, as Vicentinas e os Vicentinos de Cuba, Grândola, Santiago do Cacém e Serpa não esqueceram os mais desfavorecidos, inscritos nas suas Conferências e outros que a elas recorreram, mercê de serem vítimas deste vírus.

Dentro do possível, as Conferências, com amor e disponibilidade, têm procurado Servir as famílias que nelas confiam, quer através da oração, quer através da ajuda económica, a fim de diminuir as suas necessidades e, em alguns casos, a sua solidão.

Assim, neste tempo de incerteza, as quatro Conferências Alentejanas mantêm, entre os seus membros, o contacto telefónico, pois as reuniões desapareceram das suas agendas.

Os avios com géneros alimentícios provenientes do Banco Alimentar são distribuídos, mensalmente, aos seus protegidos.

Nestas ocasiões, há sempre troca de opiniões entre todos, um dar e receber contínuos…

A distribuição de roupas e sapatos deixou de se efetuar devido às circunstâncias presentes.

Em pleno confinamento, não esquecemos o exemplo de Frederico Ozanan e, por isso, para além da distribuição dos avios, estamos atentos e vigilantes às várias solicitações que podem chegar até nós.

Confiemos em Nossa Senhora que como Mãe nos ajuda e protege e façamos desta crise, um meio de Oração onde o Amor a Deus e aos irmãos nos impele a ser Mensageiros da Caridade.

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Conselho Central de Braga

Relatório de atividades em tempo de pandemia Covid – 19

Durante este tempo de pandemia tem sido muito complicado levar a efeito o nosso trabalho. Quando dizemos “levar a efeito” será vidente que nos referimos ao nosso impedimento “forçada” nas nossas visitas domiciliárias que devem caraterizar o nosso trabalho vicentino.

Neste tempo complicado, para todos, não deixamos, no entanto, de manter o contato, controlado e por isso com precauções às famílias até então apoiadas, antes da pandemia, bem como aos muitos casos que, entretanto, tem surgido das mais variadas classes e estatutos sociais, tendo em algumas zonas crescido cerca de trinta por cento ao que já existia.

O trabalho das conferências tem continuado nos apoios alimentares, com entregas á distância sempre que possível na casa das famílias deixando às portas após contato feito anteriormente para saberem quando entregar, no pagamento de luz, água, gaz, medicamentos, … 

Nesta fase complicada para todos tem tido um papel fundamental a nossa rede criada entre grupos e instituições (Câmaras, Juntas de Freguesia, grupos de leigos organizados, Segurança Social, assistentes sociais…) que devo dizer funciona muito bem, sem este trabalho em rede seria muito complicado fazer alguns apoios e atenuar certas dificuldades, os contatos entre instituições tem sido feito on-line, quando anteriormente era sempre que possível presencial.  

Agora, uma das principais tarefas dos vicentinos tem sido, apelar às famílias para a necessidade de confinamento, uso de máscaras, gel e aconselhar para a toma da vacina como forma de todos nos protegermos no geral.

Naturalmente que todo o trabalho que este conselho central pretendia ter levado a efeito ficou algo “adormecido” e contrariamente ao que pretendíamos os processos em fase adiantados de novas conferências em Amares (novo conselho de zona) Esposende (novo conselho de zona com uma conferência jovem nas Marinhas) Barcelos com novas conferências não se conseguiu até hoje concretizar, estamos no entanto a manter contatos com os párocos e pessoas para que logo que seja possível arrancar, tendo noção que já não será com a rapidez que desejávamos.

Fazemos, no entanto, votos que todos possamos recuperar desta fase menos boa para toda a população em geral e que todos possamos retomar o nosso trabalho vicentino, convencidos que mais trabalho iremos ter porque as dificuldades das famílias serão mais complicadas e da mais variedade ordem, nunca será como era ….

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Conselho Central de Coimbra

As Conferências da Diocese de Coimbra em tempos de Pandemia

Nestes tempos pandémicos, de dias tão difíceis, dar nota positiva do trabalho solidário que as Conferências de S.V.P. fazem em prol dos mais desfavorecidos, é reconfortante ao coração e admirável como expressão paradigmática da Regra Vicentina.

Das 19 Conferências espalhadas pela Diocese de Coimbra, todas elas, com palavras de esperança fazem dádiva de bens essenciais, apoiam pessoas de todas as idades, de várias etnias, alguns estrangeiros, entre estes vários refugiados, estudantes universitários, famílias monoparentais, múltiplas crianças, idosos e também pessoas que já viveram bem…, e, naturalmente ainda os nossos assistidos habituais.

Distribuem-se géneros alimentares com a maior eficácia possível de modo a suprir a precaridade financeira das famílias, com mil cautelas fazem-se visitas ao domicílio para a entrega de refeições a quem a idade já não permite ir buscá-las. Para outros há o jantar diário que se obtém dos excedentes de alguns supermercados e pastelarias.

Desenvolvem-se ainda outras ações juntamente com as paróquias, proporcionando a existência de uma rede social alargada e permitindo assistir um número maior de pessoas carenciadas.

Paralelamente, conferências há que permanentemente dão apoio social online e telefónico.

É ainda relevante o serviço de transporte em ambulâncias próprias prestado a doentes não COVID, permitindo assim que a garantia de acesso aos Hospitais esteja assegurada.

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Conselho Central de Évora

Tempo Covid 19

Socialmente este tempo em que agora estamos será provavelmente o mais difícil que toca de viver a muitos de nós. A nossa vida, a vários níveis, mudou muito, vivemos uma realidade incerta que não sabemos onde nos leva. No entanto como cristãos e vicentinos não podemos baixar os braços e por isso temos de continuar atentos á realidade que nos rodeia. Infelizmente a precariedade e a solidão instalaram-se no meio de nós e é nossa obrigação continuar atentos ao que se passa ao nosso redor, sobre pena de faltarmos ao nosso compromisso vicentino.

Como todas as Conferências, as que fazem parte do Conselho Central de Évora, não se têm reunido, o que não quer dizer que não tenham atividade. Neste momento algumas Conferências estão mais paradas, fazem ajudas esporádicas quando aparece alguma situação que necessite de apoio, no entanto a maioria continua na ajuda regular às famílias carenciadas, que agora só pode ser de bens alimentares, no pagamento de despesas de medicamentos, rendas de casa. Gostaria de realçar a Conferência de Santa Clara de Assis, de Estremoz, que é composta por jovens vicentinos, e que tem como presidente a Dra Maria José Cavaco.    

Algumas das atividades estão, por agora suspensas, devido à pandemia, como por exemplo, recolha e distribuição de mobiliário e roupas, recolha para o Banco Alimentar, a organização e animação das Festas de Natal nos lares da terceira idade e na paróquia. No entanto têm continuado a ajudar na distribuição do Banco Alimentar e nos cabazes de Natal. Em colaboração com o Quartel de Infantaria 3, que está instalado na cidade, distribuem todas as noites o que sobra das refeições do Quartel. Pelo Natal, o Quartel ofereceu setenta refeições confecionadas e no Ano Novo outras setenta. Sabemos que depois da pandemia vamos ter de fazer um esforço suplementar para continuar.

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Conselho Central do Funchal

A Madeira em tempo de Pandemia

Durante o último ano, por força da pandemia do Covid-19 e pelos diferentes momentos de confinamento obrigatório, as Conferências vicentinas da Madeira e Porto Santo sofreram um forte condicionamento nas suas atividades, nomeadamente na redução do número de reuniões, nas visitas domiciliárias e no acompanhamento às famílias mais carenciadas. No entanto, as Conferências não deixaram de atender aos casos que foram surgindo de carências diversas, atuando sempre e em especial quando outras instituições não se encontravam no terreno.

Algumas Conferências tiveram a colaboração do Banco Alimentar, fizeram peditórios, pequenas feiras, obtiveram donativos de produtos alimentares colocados em cestos próprios nas igrejas e da ajuda própria do Conselho Central. A maior ou menor atividade tem sido resultado em grande parte da estrutura etária dos vicentinos e depende fortemente das caraterísticas do meio em que as mesmas estão inseridas.

Neste período que vivemos tem aumentado os pedidos de ajuda provocada pelo agravamento das condições económicas e sociais das famílias, subindo o desemprego, a solidão e o número de doentes. Aqui, as Conferências têm tido muita dificuldade pois possuem fracos recursos financeiros.

A direção do Conselho Central teve a possibilidade de realizar a Assembleia geral de outubro, mas o agravamento da situação pandémica obrigou ao cancelamento da peregrinação vicentina ao monumento a Cristo Rei, do Retiro anual vicentino e do Dia vicentino (que se realizaria no 1º domingo da Quaresma). Neste contexto tão difícil, foi ainda, possível realizar a tomada de posse de duas novas direções de conferência.

Continuamos a ser fiéis ao ideal Vicentino, atentos e disponíveis.

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Conselho Central de Lamego

Advento Solidário

A Igreja Diocesana de Lamego em colaboração com as Conferências Vicentinas reuniu-se em Assembleia para analisar o trabalho vicentino no ano de 2020 devido à pandemia Covid 19, que nos colocou em situação difícil permitindo inventar novos caminhos de ir ao encontro dos que mais precisam e assim colaborar com a igreja local por ocasião do Natal, criou-se o Advento Solidário.

Para satisfazer os pedidos de muitas famílias em dificuldades a igreja colocou cestos de vergame em locais visíveis dentro da igreja cestos estes que em anos anteriores serviam para o homem transportar as uvas na vindima, na região do Douro, e que depois de cheios pesavam, em média, 50 ou 70 Kgs de uvas.

A voz dos padres foi ouvida e os paroquianos foram muito solidários com aqueles que mais precisam, tendo enchido várias vezes os cestos com todo o tipo de géneros alimentares. A s superfícies comerciais também colaboraram permitindo colocar à disposição do público carros de compras que pouco a pouco se iam enchendo de tudo um pouco. Cada um de nós, cada família, cada grupo cristão, cada movimento eclesial, cada paróquia é convidada a encontrar gestos que valorizem o sentido do Advento.

Estamos todos na mesma barca como dizia o Santo Padre e lembra que o pensamento social da igreja é uma “bussola” que pode orientar as pessoas de boa vontade a percorrer novos caminhos de solidariedade com os pobres e indefesos a solicitude pelo bem comum e a salvaguarda da criação. Continuamos movidos pela fé a levar Jesus Cristo aos nossos irmãos.

Esta reflexão vicentina serviu para melhor ver no pobre o próprio Cristo no seu todo chagado pelos nossos pecados.

A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos; é esta a preocupação das nossas Conferências no atual momento de pandemia.

Precisamos de gente que diga sim; como Maria disse ao Anjo, “eis aqui a escrava do Senhor”.

Estamos próximos de iniciar o tempo de Quaresma; É tempo de olharmos para o coração de Deus, e de nos abrirmos à generosidade infinita da sua misericórdia e do seu perdão.

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Conselho Central de Leiria

As Conferências vicentinas perante as limitações impostas pela Pandemia COVID-19.

A atividade das conferências, deste Conselho Central Leiria-Fátima, como o de outras conferências e instituições, foi e continua totalmente alterada. A visita domiciliária, a entrega de alimentos, o contato com os doentes e idosos, o quotidiano do vicentino, modificaram-se muito. As visitas aos hospitais, aos lares e centros de dia não se fazem. Realmente muitas das rotinas diárias a que nos habituamos acabaram, mas a prática da caridade, da solidariedade e do amor ao irmão necessitado, não acabou, modificou-se. Descobrimos novos métodos, novos caminhos para chegar junto dos que precisam. Assim aconteceu nas conferências deste conselho Central. Contatada a maioria das conferências, todas informaram que:

  • A reunião dos vicentinos, ainda que em moldes diferentes se manteve;

  • A visita domiciliária e a distribuição de alimentos foram feitas de máscara e com o devido cuidado, geralmente à porta;

  • Foi feita mensalmente a distribuição de alimentos;

  • O número de famílias assistidas aumentou, em especial nas Conferências urbanas ou próximas das cidades, designadamente – Marrazes, Marinha-Grande, Ourém, Calvaria e Santa Catarina da Serra;

O montante das receitas não aumentou na mesma proporção, mas apareceram outros doadores, entre eles os Municípios, as Juntas de Freguesias, Empresas, as Comunidades Paroquiais e Catequeses.

– A entidade que maior e mais significativo contributo entrega mensalmente a 20 conferências deste Conselho Central é o BA Leiria-Fátima, podemos mesmo dizer que é o celeiro das nossas conferências.

Este é o relato muito sucinto do quotidiano das nossas conferências vicentinas, perante o COVID. Quotidiano diferente, humanamente difícil, mas rico caritativamente, mais forte e inovador no nosso carisma Vicentino

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Conselho Central de Lisboa

A vocação Vicentina é Servir

Vivemos tempos diferentes, difíceis e ao mesmo tempo angustiantes. Tudo isto trás ao de cima as nossas fragilidades como seres humanos que somos. 

É um tempo onde se torna mais difícil a disponibilidade para o compromisso, quer seja na vida, nos movimentos e nas várias pastorais da Igreja ou na Sociedade é um sacrifício. Deus sempre nos chama, no entanto é-nos mais fácil fechar os ouvidos e fingir que não é connosco. Desse modo, negamos assumir o projeto para o qual fomos chamados.

Carisma e Espiritualidade Vicentina 

“Servir na Esperança”

Ser Vicentino é muito mais que uma assistência. Vicentino é ser portador de Esperança, nomeadamente em tempos e situações difíceis. Principalmente para as Famílias que vivem situações dramáticas, quer por falta de recursos, perda dos seus empregos ou até por abandono. Para todos esses nossos irmãos mais desprotegidos, nós Vicentinos deveremos ser uma presença de Esperança. 

A missão Vicentina deverá procurar sempre viver o seu desígnio principal. Visitar, apoiar, estar próximo das Famílias, e com elas tentar criar uma ligação de confiança e através dela a criação de uma verdadeira amizade a fim de que as Famílias se possam reerguer. Sabemos, no entanto, que um dos grandes males que esta pandemia trouxe às nossas conferências foi a impossibilidade da visita as Famílias, situação essa que nos impossibilita a proximidade com as mesmas. No entanto, temos sempre a possibilidade de ter com elas no momento em que mutuamente nos acolhemos, uma palavra de esperança e particularmente um sorriso de satisfação pelo reencontro. De novo reforço o termo acolher. As nossas Conferência através de nós Vicentinos acolhem as Famílias, não as assiste nem as atende. Pela Fé Esperança e Caridade todos nós somos acolhidos pela misericórdia de Deus. De Graça recebeste de Graça deverás Dar.

Diante desta situação e no contexto atual da sociedade que enfrenta a pandemia, nós Vicentinos deveremos assumir o papel de protagonistas da evangelização dos ” pequenos de Deus “, tentando colocar nas suas vidas o sabor da Esperança, afim de que possam encontrar luz para o seu caminho. 

Rede de Caridade; o grande objetivo do nosso fundador António Frederico Ozanam. Se eu enquanto Vicentino, não estou impregnado por esse objetivo poderei dizer que sou, no entanto não vivo em sintonia com o meu compromisso. O objetivo da rede de caridade em que todos deveríamos estar comprometidos, não só se destina a abraçar os que através das nossas conferências são acolhidos, deve em primeiro lugar envolver-nos numa rede de afetos.  Não deveria existir quem faz muito ou quem faz pouco, mas sim quem faz. Não deveria existir conferências que fazem muito ou outras que fazem pouco, simplesmente existem conferências, não deveriam existir Conselhos mais ou Conselhos menos, existem Conselhos. A rede se é de Caridade, dentro dela todos cabemos. Grandes e pequenos, perfeitos e imperfeitos. A messe é grande os operários são poucos, o Senhor a todos chama. A SSVP não é minha nem de ninguém, é obra de Deus para que através dela seja dada a conhecer ao Mundo a sua Misericórdia…

Assim Deus nos Ajude 

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Conselho Central de Portalegre / Castelo Branco

Tempos Difíceis

Há dez meses que nos deparamos com uma situação de pandemia por SARS-Cov-2 nunca antes experimentada por nenhum de nós. Como deve ter sucedido com muita gente, também nós, Vicentinos, ficámos desorientados e sem saber como agir. Nos momentos mais críticos vimo-nos forçados a fechar portas e a recolhermo-nos em casa, conforme as recomendações dos nossos governantes, da DGS ou da Conferência Episcopal Portuguesa. Mesmo assim, sempre que sabíamos de alguém que se encontrava em grande necessidade, lá contornávamos a situação e arranjávamos maneira de fazer chegar a essa pessoa ou a essa família a ajuda possível de momento. Estranho.

É contra natura uma associação cuja finalidade é ajudar o pobre, ter que lhe virar costas e ignorar o seu sofrimento. É um facto que a maioria dos nossos Vicentinos já tem alguma idade e tem mesmo que se precaver em relação a doenças que o possam impedir de realizar a sua missão caritativa.

No entanto, fazendo uma retrospetiva ao que foi o decorrer do ano 2020, não notámos grande oscilação na procura de ajuda e na resposta que lhe foi dada. É natural que tenha havido gente que ficou sem trabalho, e que por isso se veja em maior dificuldade em adquirir alimentos, ou pagar as suas despesas fixas mensais, tais como rendas de casa, água, luz, gás, medicação.

Muita gente poderá não saber que nós existimos, mas os nossos pobres conhecem-nos e sabem a quem recorrer. Continuamos, pois, apesar de todas as vicissitudes, a servir o pobre, vendo nele o Cristo sofredor.

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Conselho Central do Porto

O Porto da Caridade / O Porto Vicentino

A Sociedade de São Vicente de Paulo e cada uma das suas Conferências, desempenham na Diocese do Porto uma importante missão, estando na primeira linha do serviço à caridade. É mesmo o mais importante serviço prestado na Diocese do Porto, no âmbito da caridade e da ajuda aos pobres.

A Diocese do Porto e as diferentes Instituições nela sedeados têm nos vicentinos o serviço permanente, ajustado e constante a todos os que estão fragilizados e precisam que alguém os ouça. Têm nos vicentinos os parceiros incansáveis e empenhados, que não regateiam esforços, que não se manifestam nas praças públicas e que nos 365 dias do ano, dia após dia, calcorreiam ruas e vielas, sobem e descem escadas, levando a todos, sem distinguir ninguém, a mensagem de que precisam, a ajuda de que necessitam, sem barulhos e/ou confusões.

Os vicentinos, através das 304 Conferências espalhadas pela Diocese e agrupadas nos 25 Conselhos de Zona, um em cada Vigararia (22), mais um nas Vigararias da Maia, de Vila do Conde/Trofa e Penafiel/Castelo de Paiva, integrados nas respetivas comunidades paroquiais, partilham com todos, o que são, o que têm e o que angariam para partilhar. Os vicentinos confiam na população e a população confia nos vicentinos. E por isso e pela Graça de Deus, são uma grande Instituição de Caridade e de partilha fraterna, fazendo o que lhes incumbe como cristãos e o que devem como vicentinos.

A vida vicentina está assim devidamente estruturada e enquadrada na dinâmica pastoral da Diocese e o Conselho Central do Porto tem-se assumido como Órgão aglutinador e dinamizador dessa dinâmica, prestada e observada, segundo o espírito da Regra Vicentina e que todos receberam de S. Vicente de Paulo e do Beato Frederico Ozanam.

O Conselho Central tem consciência do muito que ainda há para fazer e das suas próprias imperfeições. Mas está convicto de que com a ajuda do Espírito Santo e a Intercessão do seu Patrono e do seu fundador, tudo tem feito pelo robustecimento e fidelidade de cada uma das Conferências Vicentinas, ajudando-as a ser mais e melhores; a ser mais operativas e mais santas na sua missão.

Os Conselhos de Zona, braços do Conselho Central para as quatro regiões Pastorais, têm sido verdadeiros baluartes de toda a ação vicentina e da consequente vivência do espírito de Regra.

As Obras Especiais Vicentinas: OVAR-Obra Vicentina de Apoio aos Reclusos e suas famílias, cujo trabalho foi valorizado pela Assembleia da República Portuguesa, com a entrega do prémio “Direitos Humanos 2018”; A OVAC – Obra Vicentina de Auxílio aos Ciganos, com projeção Diocesana e Internacional; A Loja Social, de ajuda a todos os carecidos de roupa e de calçado, inscrevendo-se na rota dos sem-abrigo da cidade do Porto; O Farrapeiro, que tudo recebe e transforma, para serviço e ajuda aos mais pobres; A Obra de S. Maximiliano Kolbe, de ajuda aos Reclusos Militares e a Casa Ozanam, grande projeto Vicentino, com várias valências e que procura complementar a ação das Conferências Vicentinas, fazendo o que elas não conseguem fazer. É também um espaço de encontro e de reflexão dos vicentinos da Diocese do Porto. São serviços vicentinos diferenciados em cada uma das áreas, e um complemento do trabalho solicitado à S.S.V.P. e aos vicentinos.

O Conselho Central do Porto, não descurando a formação e a ligação a todos os vicentinos, tem tido com todos e com periodicidade, momentos que os aproximam e os têm tornado uma grande família, movida pelo espírito e pelo bem-fazer.

Numa ligação estreita entre todos, a começar por uma equipa de vice-presidentes, que fazem a ligação a toda a Diocese, através de cada uma das suas conferências, centradas nos Conselhos de Zona, o Conselho Central fundou nos últimos 20 anos, 83 Conferências; revitalizou 20, nos mais díspares lugares e que há vários anos permaneciam inativas; fundou 12 Conselhos de Zona, fundou 3 Obras Especiais Vicentinas e sobretudo idealizou, projetou e construiu o Complexo Social Casa Ozanam, repleto nas suas funções e valências, prestigiado e querido na zona que o envolve e por toda a Diocese, e que agora se entrega à S.S.V.P., como Obra de referência.

O ainda Presidente do Conselho Central do Porto, cujas funções deixará brevemente, tem assim consciência de que através do trabalho de equipa, tudo foi feito pelo bem que é o serviço vicentino. Tudo foi feito pelo reconhecimento da S.S.V.P. e de cada uma das suas Conferências. Tudo foi feito, pelo bem dos pobres e pela afirmação da caridade. Sai assim da liderança do Conselho Central convicto do dever cumprido.

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Conselho Central de Santarém

Temos de continuar…o amor não para

O Conselho Central de Santarém tem 13 Conferências ativas, sendo os seus confrades e consócias, na maioria, de idade avançada.

Apesar dos tempos difíceis, há conferências que se têm revitalizado com alguns elementos mais novos, o que tem constituído uma mais-valia para as mesmas continuarem a missão junto dos que mais necessitam.

Todas têm estado a trabalhar na ajuda aos que necessitam, embora sem visitas domiciliárias, existindo apenas a entrega de auxílios, da forma que os tempos o permitem.

Algumas das conferências tinham atendimento e distribuição quase diárias, tendo reduzido para uma vez semanal e algumas até mensais. Como referi, a maioria dos confrades pertencem a grupos de risco, e como tal não é possível o auxílio na forma como era antes desta pandemia. Mas apesar de tudo, todos se têm desdobrado para que a ninguém falte o pão de cada dia.

Há muitos mais pedidos de ajuda, sendo possível abranger todos, com a boa vontade de alguns beneméritos e divisão mais equitativa/reduzida dos bens que nos vão sendo doados pelas superfícies alimentares e banco alimentar.

O Conselho Central de Santarém, tinha agendado uma série de ações para formar confrades e consócias, o que nada foi conseguido pelas dificuldades que todos vivemos.

Vamos continuar a trabalhar da forma que Deus nos vai permitindo e a saúde ajude, sempre com a confiança em dias melhores e que, após a tempestade virá a bonança e o sol raiará de novo com a mão de Deus a guiar-nos no caminho que iremos encontrar, após tantas pedras e dificuldades que encontramos ao longo deste tempo.

Vamos trabalhando com fé e esperança n’Aquele que tudo pode sem nos esquecermos, nunca, que a obra não é nossa, mas de Deus

Vicente de Paulo, rogai por nós.

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Conselho Central de Setúbal

Não podemos desanimar

Nestes últimos meses a pandemia que nos atingiu veio condicionar a atividade das nossas Conferências e alterar o modo como viver o carisma vicentino.

Em quase todas as conferências as reuniões presenciais foram suspensas, mas com as devidas precauções, devido à idade avançada de alguns dos seus elementos, mantêm as suas atividades ajudando as famílias que já apoiavam e ainda os novos casos, infelizmente em grande número, que vão surgindo.

Dado que as visitas domiciliárias foram suspensas e embora algumas Conferências mantenham os atendimentos, na generalidade, foi privilegiado o contato telefónico com as famílias para troca de informações, mas essencialmente para evitar o isolamento e a solidão.

Ao longo destes meses de pandemia as condições económicas e socias das famílias agravaram-se e como consequência aumentaram o número de pedidos de ajudas.

O desemprego também subiu e, consequentemente, diminuíram os rendimentos aumentando a miséria e a fome.

Perante uma situação tão dramática as Conferências não podiam ficar indiferentes e, respeitando as normas emanadas pelo Governo e a DGS foi necessário inventar novas formas de ajuda, novos caminhos para chegar junto dos que precisam tendo sempre o cuidado de preservar a vida dos vicentinos e vicentinas e das famílias a apoiar.

Tem sido muito importante para a maioria das Conferências a ajuda dada por outros grupos que existem nas paróquias, pelas pessoas que se voluntariam para ajudar na distribuição dos avios e ainda o trabalho em parceria com o Banco Alimentar, as Autarquias e as Juntas de Freguesia.

Este é um tempo doloroso para todos nós, mas também um tempo de esperança pois acreditamos que o mundo vai superar esta pandemia e de novo poderemos viver o ideal do nosso fundador.

Confiemos e não desanimemos.

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Conselho Central da Ilha Terceira – Açores

A Ação Vicentina em Plena Pandemia

O ano transato e o início do presente ano têm sido especialmente desafiadores, tendo em consideração a crise sanitária que se abateu sobre a humanidade.

Quando a atual pandemia começou agravou, infelizmente, as desigualdades sociais no mundo. Os mais desfavorecidos e vulneráveis ficaram ainda mais desfavorecidos e mais vulneráveis. O novo coronavírus (COVID-19) provocou mudanças de hábitos, de postura e de procedimentos nas nossas vidas pessoais, além de impactar fortemente o quotidiano da Sociedade de São Vicente de Paulo, da Família Vicentina e de toda a Igreja.

Todos os Conselhos, Conferências e obras sociais têm sido severamente afetados. Lamentavelmente, a crise da Covid-19 é, em muitos lugares, apenas um agravamento de situações extremas. Os desastres não são interrompidos pelo aparecimento do vírus. Além da doença, percebemos a ampliação do desemprego, da redução significativa de rendimentos e, sobretudo, da fome e da miséria. E devido a tudo isto, os pedidos de ajuda aumentaram. No entanto, os números de pedidos de ajuda em nada se comparam com a situação pandémica vivida em Portugal Continental, o que nos entristece profundamente.

Como em muitas Conferências da SSVP, também na Ilha Terceira as reuniões ficaram suspensas, contudo, isso não reduziu a nossa capacidade de agir. Desde o início da pandemia que tentamos acentuar o trabalho voluntário desenvolvido, no campo sóciocaritativo, no apoio às pessoas e famílias carenciadas, tendo como finalidade assistir às suas dificuldades, peculiaridades, necessidades e aliviar aqueles que sofrem, em espírito de justiça e de caridade. Conseguimos distribuir mensalmente cabazes com bens alimentares às pessoas que se encontram numa situação de necessidade, com a ajuda do Banco Alimentar Contra a Fome. Além dos alimentos, as conferências, ajudam na compra de medicamentos e outros bens e levam uma palavra amiga e de conforto e, sempre que possível, resolvendo alguns problemas que surjam.

Renovamo-nos sem cessar e adaptamo-nos às condições de mudança vividas nos dias de hoje, abrindo o coração a quem nos procura. Cuidamos da nossa comunidade mais necessitada dando a todos condições para que possam viver com dignidade.

Por fim, Vicentinos, mesmo em mar revoltos, como parece ser o momento pelo qual passamos, jamais deixemos de lançar as redes de caridade, pois Jesus está no barco.

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Conselho Central de Viana do Castelo

Ser Vicentino em tempo de Pandemia

O Conselho Central Misto da S.S.V.P. da diocese de Viana do Castelo, é composto por 3 Conselhos de Zona (36 Conferências Vicentinas): Conselho de Zona Norte, Conselho de Zona Sul e Conselho de Zona Ponte de Lima.

Atualmente, existem 21 Conferências na área do município de Viana do Castelo, no ano 2020, em articulação com os presidentes dos Conselhos das Zonas Norte e Sul, a quando o surgimento da pandemia/confinamento pelo COVID 19, e fazendo face às necessidades que começaram a surgir, a Câmara Municipal de Viana do Castelo, transferiu para o Conselho Central da SSVP de Viana do Castelo, a verba de 4 000,00€, para ajudar as famílias de maior carência económica e em Apoio Social 6 300,00€,  3150€ para cabazes de natal e 7,200€ do protocolo de colaboração perfazendo um total de 20 650,00€. Ainda houve apoios deliberados em 2020 e recebidos em 2021. Em Apoio Social: 7 140,00€, para os cabazes de Natal: 6 300,00€ e para apoio à pandemia em dezembro: 5 000,00€, num total de 18 440,00€. No tempo de confinamento (março 2020), os cabazes de início eram preparados pelo Conselho Central. Depois surgiu uma abertura por parte do Supermercado “LIDL” que se disponibilizou para elaborar os cabazes. Paralelamente às ajudas das famílias sinalizadas pelos Vicentinos, também ajudamos famílias sinalizadas pelas técnicas do serviço social do município, assim como, famílias sinalizadas pelas técnicas do serviço Social, depois de organizados os cabazes, estes, eram entregues às famílias por voluntários da Câmara Municipal de Viana do Castelo, em virtude da idade dos Vicentinos de algumas das Conferências, não permitir fazer essa tarefa, por se tratar de pessoas de risco. Estas ajudas foram um precioso contributo, uma vez que as famílias necessitaram de mais ajudas e as receitas diminuíram pelo facto de as igrejas estarem encerradas, não tendo os habituais peditórios, que muito contribuíam como a ajuda aos carenciados.

Relativamente às famílias apoiadas pelo Conselho de Zona Norte, este apoiou 279 famílias e distribuiu 325 cabazes.

Analogamente o Conselho de Zona Sul apoiou 198 famílias e distribuiu 55 cabazes.

Quanto ao Conselho de Zona Ponte de Lima apoiou 565 famílias, 1644 pessoas e entregou 565 cabazes. Ainda forneceram apoios com eletrodomésticos novos e usados, e artigos diversos para o lar, pontualmente medicamentos e outros produtos farmacêuticos, faturas de luz e outras faturas em período de isolamento. A Câmara Municipal de Ponte de Lima ajuda anualmente com 1 000,00€ e a Junta de Freguesia com 200,00€, estas verbas foram atribuídas para confeção dos cabazes, na época Natalícia. A Empresa “Officetotal Food Brands, Lda” de Ponte de Lima, apoiou famílias de extrema carência, em algumas Conferências da diocese com distintos auxílios, em colaboração e com o apoio dos Vicentinos, dessas Conferências.

As várias Conferências continuaram a contactar com pobres e necessitados espirituais, em visitas ao domicílio, antes e pós o confinamento geral, a ajudar pessoas a serem mais independentes, a visitar idosos que viviam sós, levar Jesus Eucaristia aos acamados e doentes, promoção e realização de Formações, incentivando e valorizando ao Espírito Vicentino e difundiram a participação nas Eucaristias e nos Sacramentos, da Santa Igreja Católica.                                                                   

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Conselho Central de Vila Real

Ir ao encontro…

A época de pandemia em que vivemos, tem aprofundado as condições sociais e de saúde da população em geral e daqueles que recorrem aos serviços e apoios dispensados pelas Conferências de São Vicente de Paulo, em particular.

No meio de tantas dificuldades, as conferências foram e são muito solicitadas por tantos e tantas que, direta ou indiretamente, sentem as consequências de tão grande pandemia e assumiram um papel preponderante no combate às desigualdades sociais da região, causadas pela doença em causa.

 Segundo o espírito dos nossos fundadores, não podíamos ficar indiferentes a tantas necessidades. Desta forma, animados pelo espírito cristão, vencemos a indiferença do sofrimento do “outro”, reorganizando-nos e reformulando estratégias de modo a tornar possível o apoio às nossas comunidades, consolando-as e aliviando-as.

Tendo em conta as regras impostas pela DGS e para proteção de todos, algumas das conferências deste Conselho Central, trabalharam em parceria com as Câmaras Municipais por meio dos seus departamentos de apoio social e com a Cruz Vermelha.

Também as paróquias foram importantes no apoio às conferências, nomeadamente através da recolha de géneros alimentares e de higiene por parte das crianças da catequese e que foram posteriormente distribuídos aos mais carenciados.

Assim, foram distribuídos géneros alimentares e produtos de higiene. Efetuados pagamentos prestacionais de medicação às farmácias e pagamento de rendas de casas sociais, gás, água e eletricidade. Também a “escuta” fez e faz parte da nossa missão para quantos nos aguardam com esperança e confiança. Foram também algumas famílias encaminhadas para projetos de apoio, prestados por outras entidades.

Assinalamos ainda o apoio a famílias de refugiados, que minimizaram bastante as dificuldades básicas de sobrevivência, pese embora a barreira da comunicação, pois não falam português.

Louvamos o Senhor pelo trabalho desenvolvido e pedimos as suas bênçãos para O continuarmos a servir nos mais pobres.

“Dez vezes irão aos pobres, dez vezes encontrarão a Deus”   S. Vicente de Paulo   

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Conselho Central de Viseu

2021 – Reflexões da vida vicentina

A vida vicentina na diocese de Viseu sofre dos grandes males deste tempo: uma muito menor vivência cristã, agravada com uma pandemia que nos constrange a isolar-nos, retirando-nos praticamente todas as nossas referências comunitárias.

Ao nível das Conferências vicentinas, as reuniões são intermitentes, há períodos em que se fazem para logo um confinamento as desaconselhar. E como os vicentinos e vicentinas são normalmente pessoas seniores, há também muito receio e as pessoas não aparecem.  E as do Conselho Central também se não têm feito.  Vamos contactando…

No entanto, há atividades que se vão continuando a praticar.  Nomeadamente a responsabilidade de ir levantar os géneros alimentares ao Banco Alimentar, fazer os cabazes e entregá-los às famílias. Como também encaminhar as pessoas para as instituições que as podem ajudar: um projeto para melhorar a sua casa na Câmara Municipal, buscar ajudas para as despesas correntes e as rendas de casa, pagar despesas com as ceias a quem só recebe uma refeição diária. Estes, os do rendimento mínimo que, de outra forma só receberiam uma refeição por dia de um qualquer centro social.

Temos saudades de visitar os reclusos dos estabelecimentos prisionais, de lhes levar um mimo, uma tarde de música. Em 2020 não conseguimos lá ir.  Também aos doentes dos hospitais, não há visitas.

Mas estamos com os que conhecemos, com os que sabemos que precisam de nós: todas as semanas, todos os quinze dias, todos os meses: para complemento do RSI, para pagar água e luz, para comer alguma coisa, para pagar a renda – quase sempre do nosso orçamento que as Conferências não têm dinheiro, quase não há peditórios. Como diz o Fernando Mendes – lá vai barão.  Mas o povo tem uma máxima conhecida: “Deus acrescenta ao que fica…”.

Todos vivemos no receio de que as coisas não voltem a ser o que eram.  Claro que não vão ser. E na SSVP muito menos. Para já porque as pessoas foram ficando velhotas e vão desaparecendo e ficam dependentes ou nos lares.  Meus queridos vicentinos e vicentinas que conheci: que alegria, que desinteresse em servir, que generosidade…

É por eles que não há cara para desistir, para virar as costas… Enquanto a gente puder, continuaremos a fazer o possível e a praticar o bem.

Assim Deus nos ajude.

Presidente-geral da SSVP publica uma carta extraordinária sobre a pandemia de Covid-19

 

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