As capelanias dos hospitais precisam de mais sacerdotes para trabalhar nesta área pastoral. No encontro que juntou a equipa Coordenadora Nacional das Capelanias Hospitalares com os Coordenadores Diocesanos de Capelães, foi entendido realizar um encontro de iniciação para Capelães/Assistentes Espirituais.
A Coordenação Nacional vai escrever a todos os bispos, “pedindo que enviem os novos capelães e eventuais candidatos a frequentar este encontro”, agendado para a semana de 18 a 23 de Janeiro de 2009.
Este apelo visa preparar um “crescimento na exigência e na competência com que fazemos o nosso trabalho”, uma exigência também da “nova legislação, aprovada ou por aprovar”, segundo expressa um comunicado enviado à Agência ECCLESIA. A negociação sobre a nova Regulamentação da Assistência Espiritual e Religiosa hospitalar com a Secretaria de Estado da Saúde foi “dada por concluída antes das férias do Verão”. O documento resultante desse processo negocial encontra-se, actualmente, na Comissão Paritária.
Os coordenadores diocesanos assinalaram, no encontro do passado dia 3 de Novembro, a necessidade de “prever regulamentações de serviços de Assistência Espiritual e Religiosa que constituam referências para o trabalho que em cada Unidade vai ser exigido, após a aprovação da nova legislação”, manifesta o comunicado.
Alguns hospitais respondem a esta exigência dos conselhos de administração, tendo vistas aprovadas as propostas apresentadas. Noutros, “tem-se argumentado com a expectativa da nova legislação para adiar o processo”. Os trabalhos de regulamentação realizados no âmbito da Pós-Graduação Ética, Espiritualidade e Saúde adquirem, neste campo, especial importância.
Os coordenadores assinalam, no comunicado, a existência de “vários hospitais reunidos em centros hospitalares, surgindo dúvidas sobre se o capelão é para a Unidade, entendendo-se por tal cada Hospital integrante do Centro Hospitalar, ou este mesmo, o que, em várias situações resulta em uma só pessoa ter que atender pastoralmente estabelecimentos que distam ente si várias dezenas de quilómetros”.
Regista-se, ainda, a necessidade de encarar a questão das Unidades Locais de Saúde e das articulações com a Rede de Cuidados Continuados Integrados, bem como de descobrir a solução para os casos em que hospitais de dioceses diferentes são integrados num mesmo Centro Hospitalar, como é o caso do de Santo Tirso e o de Famalicão.
As capelanias hospitalares entendem ser essencial investir em mais formação nesta área de acordo com as necessidades. A receptividade no mestrado Ética, Espiritualidade e Saúde prevê o investimento, que, no entanto, deve ser “repensar o antes de avançar para um novo, tendo muito presente o que este nos ensinou sobre o que fazer e não fazer”.
No encontro que juntou a equipa Coordenadora Nacional das Capelanias Hospitalares com os Coordenadores Diocesanos de Capelães houve ainda tempo para agendar algumas actividades.
Terá lugar nos dias 31 de Março e 1 de Abril de 2009, o II Seminário Nacional – Espiritualidade no Hospital nesta Unidade de Saúde, sob o tema « Hospital – um inter-face religioso». À margem do Seminário ocorrerão, em 31 à noite, uma Celebração Ecuménica de dimensão nacional, e, na tarde de 1 de Abril, a III Assembleia Nacional de Capelães e Assistentes Espirituais Hospitalares e o I Encontro Nacional de Voluntariado Pastoral em Saúde.
Em 30 de Março, haverá uma reunião da Coordenação Nacional das Capelanias Hospitalares para que, na Assembleia da tarde de 1 de Abril, se possam apresentar as coordenadas essenciais do projecto pastoral para 2009-2010.
Na reunião foi, ainda, discutida a possibilidade de iniciar um espaço de encontro e partilha das Capelanias Hospitalares na Internet, articulado com o Site da Pastoral da Saúde.
Será ainda constituído um grupo para os Cuidados Paliativos. Este grupo será coordenado pelo Pe. José Nuno, do Porto e “terá carácter inter-disciplinar”. O Coordenador Nacional dos Capelães foi convidado a participar no Congresso da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e, na Assembleia Geral da Associação, avançou-se a ideia de trabalho conjunto entre as duas instâncias.
Fonte www.agencia.ecclesia.pt